Defesa de subsídio e debate sobre transporte coletivo são discutidos em reunião da Câmara com Gerente Municipal de Trânsito e Engenheiro do CEFET-MG
Na reunião da Câmara Municipal da última terça-feira, 18, compareceram no plenário, o engenheiro Renato Guimarães, Professor do CEFET-MG, acompanhado pela gerente de trânsito, Cíntia Valadares.
Na ocasião foram apresentados cálculos realizados pelo CEFET-MG que apontam que a tarifa atual do transporte coletivo em Itaúna, proposta pela concessionária Viasul e subsidiada pela Prefeitura, é de R$ 6,52, o que representa uma diferença de R$ 1,52 em relação ao valor pago pelos usuários. Sem o subsídio, o sistema enfrentaria um déficit de R$ 2 milhões nos anos de 2023 e 2024. Atualmente, o déficit acumulado é de R$ 14,2 milhões.
Renato Guimarães explicou também que a queda no número de passageiros em Itaúna reflete uma tendência observada em outras cidades e foi agravada pela pandemia. A falta de reajustes adequados na tarifa e a falta de investimento na frota têm gerado uma crise no setor.
A Prefeitura convidou o CEFET-MG para calcular o reajuste tarifário e revisar o sistema, identificando o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. O estudo concluiu que a tarifa em Itaúna deveria ser de R$ 6,52 para evitar o déficit. Sem o subsídio, cujo projeto de R$ 10 milhões está em análise no Legislativo, o prejuízo operacional estimado é de R$ 1 milhão por ano até 2024.
O professor Renato ressaltou que nos últimos anos não houve reajustes adequados na tarifa, o que demandaria um aporte de R$ 2 milhões para manter o valor em R$ 5, além dos R$ 14,2 milhões para reequilibrar o contrato desde dezembro de 2016 até dezembro de 2022. A gerente Valadares destacou a necessidade de investimentos no transporte coletivo, incluindo a implementação de um terminal de integração.
O CEFET-MG apresentou à Prefeitura uma lista de compromissos para melhorar o serviço, como o aumento da demanda, a melhoria da frota e da infraestrutura, a atualização da bilhetagem eletrônica e a revisão do contrato de concessão.
No entanto, os vereadores Antônio da Lua, Aristides Ribeiro, Joselito Gonçalves, Kaio Guimarães, Gustavo Dornas e Márcia Cristina em suas oportunidades de fala, manifestaram-se contrários à concessão do subsídio à empresa da forma que está sendo proposta.